Iate Clube do Rio de Janeiro
Dom, Abr 28, 2024

A aviação esportiva no ICRJ

A aviação esportiva no ICRJ

A aviação chegou ao Brasil em 1916 com núcleos criados na Marinha e no Exército, com operações restritas aos meios militares para treinar pilotos. Os civis viam no avião uma oportunidade para praticar um novo esporte, tanto que em 1920, alguns componentes do grupo fundador do clube já possuíam pequenas aeronaves.


Depois dos aforamentos e aterros na Av. Pasteur, faltavam recursos para a construção das edificações planejadas, daí a ideia de usar o espaço como uma pista de pouso e decolagem. Em 1938, os aviadores associados contaram com o apoio do Patrono Arnaldo Guinle para alterar o estatuto incluindo a atividade aviatória como um dos propósitos do clube. Através da aviação esportiva, novos sócios foram conquistados, assim aumentando a captação de recursos que tanto faltavam para que os demais projetos fossem desenvolvidos.

Antes da consolidação da escola de aviação própria, os pilotos do ICRJ – na época ainda FYC – utilizavam aviões de outros clubes especialistas através de cupons que davam direito a cinco minutos de voo cada. As primeiras duas aeronaves do clube foram doadas, uma pelos irmãos Jorge e Darke Bhering de Mattos, batizada com o nome Darke David Bhering de Mattos, pai dos doadores, outra por Mario Rebello d’Oliveira, com o nome Marquês de Herval. O departamento de aviação do clube cresceu e atraiu alunos até do exterior.

Nos anos 40, três pilotos do clube sofreram acidentes fatais enquanto pilotavam. Em 1942, o último incidente registrado foi responsável pelo falecimento de Darke de Mattos, um dos mais ilustres associados do clube. Ainda que lamentando essas perdas, a experiência da Escola de Aviação do Fluminense Yacht Club foi muito relevante, concedendo brevês para 230 alunos até o ano de 1945.

A pista utilizada pelos nossos pilotos, de pouco mais de 400m de extensão, sempre representou riscos e, por sua posição entre o mar e a Av. Pasteur, acabou por levar as autoridades aeronáuticas a direcionar os pousos e decolagens sempre a partir da orla em direção ao mar e, ainda assim, houve acidentes.

Depois de algumas tentativas para manter a pista mesmo com intervenções do poder público, o Conselho Deliberativo decretou o encerramento da Escola de Aviação em 26 de setembro de 1946. Hoje, podemos relembrar materialmente essa fase épica através dos hangares que acolhem veleiros em substituição aos muitos aviões que ali eram abrigados. A pista de decolagem deu lugar a área da piscina e seus muitos coqueiros.

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